A cada 40 segundos, uma pessoa tenta se suicidar. O suicídio envolve vários fatores socioculturais, genéticos, filosófico-existenciais e ambientais. A existência de um transtorno mental é considerada um forte fator de risco para o suicídio.
Dentre eles podemos citar.
- Uma tentativa prévia de suicídio: É o fator isolado mais importante. Pacientes que tentaram suicídio previamente têm de cinco a seis vezes mais chances de tentar suicídio novamente.
- Uma doença mental muitas vezes não tratada ou tratada de forma adequada, pode levar o indivíduo a sentir desesperança intensa, independente das coisas boas que aconteçam na vida dele; desespero frequente por não conseguir lidar com as adversidades, desprazer em relação ao futuro.
- Doenças clínicas não psiquiátricas: Essas foram associadas ao suicídio de maneira independente de outros dois fatores de risco bem estabelecidos, como a depressão e o abuso de substâncias. Essas situações podem, muitas vezes, levar o indivíduo á decisão de não se tratar, e dessa forma, causar a sua morte, mesmo que de forma lenta e gradual.
- Eventos adversos na infância ou adolescência e o uso de substâncias químicas: Maus tratos, abuso físico e sexual, pais divorciados, transtorno psiquiátrico familiar, entre outros fatores, podem aumentar o risco de suicídio
- Outros fatores como desemprego, dívidas, casos de suicídio na família e outros problemas sociais, também podem elevar os riscos para o suicídio.
Sentimentos e Pensamentos comuns em pessoas com ideação suicida
Existem algumas verbalizações comuns nas pessoas com ideação suicida, e esses merecem atenção. Sentimentos como tristeza, depressão: “eu preferia estar morto”; solidão: “eu não posso fazer nada”; desamparo: “eu não agüento mais”; desesperança: “eu sou um perdedor e um peso pros outros”; auto-desvalorização: “Os outros vão ser mais felizes sem mim.”, merecem atenção importante.
Como Ajudar uma pessoa em risco de suicídio?
Quando as pessoas dizem “Eu estou cansado da vida” ou “Não há mais razão para eu viver”, elas geralmente são rejeitadas ou, então são obrigadas a ouvir sobre outras pessoas que estiveram em dificuldades piores. Nenhuma dessas atitudes ajuda a pessoa em risco de suicídio .O contato inicial com o suicida é muito importante.
O primeiro passo é ouvir atentamente a pessoa em um lugar calmo e tranquilo, entendendo seus sentimentos, dando sinais não-verbais de aceitação e de respeito pela vivência daquela pessoa. A empatia é fundamental, e você poderá buscar ajuda de profissionais quando compreender que possui um limite para auxiliar aquela pessoa.
O fato de se sentir aceita e compreendida já será um grande passo para a aderência a uma ajuda especializada.
O CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) e as UBSs (Unidades Básicas de Saúde) do seu município, a UPA 24h (Unidade de Pronto-atendimento), SAMU 192 (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), Pronto Socorro, hospitais e até mesmo o CVV 188 (Centro de Valorização da Vida), que disponibiliza ligação gratuita, são serviços que possuem profissionais treinados para lidar com essas situações e podem oferecer o tratamento adequado ao prolema do suicídio, e a busca por esses serviços poderá salvar vidas.
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